terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sobre Pessoas e Mesas

Apesar de muitas vezes buscarmos alguém para completar nossas vidas, na verdade o melhor/verdadeiro encontro ocorre quando você percebe sua importância diante das pessoas.

Quando alguém chega em nossa vida ela deve acrescentar, engrandecer nossa rotina. Como uma mesa, que mesmo estando conservada, com pés firmes, ainda assim está disposta a melhorar sempre: receber um verniz, um jarro de flores e principalmente deixar que as pessoas sentem ao redor e compartilhe suas experiências.

Isso acontece à medida que nos permitimos doar, trazendo esse alguém para a convivência de amigos e familiares, para além de nossos limites.

Há pessoas que ainda não estão prontas/maduras. Algumas se agarram ao outro como se fosse a própria vida, esquecendo de suas buscas individuais. Outras ao contrário, por desconhecer as virtudes que tem, não permitem que participem do seu mundo.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A Distância

Mesmo que estejamos distantes
Separados pelo espaço
Separados pelo tempo
Separados pela falta de convivência
Ainda assim
Nós estaremos juntos
Se cultivarmos no coração e na memória
Os momentos felizes que passamos
Até mesmo os tristes
Sim! Pois estes também
Fazem parte da vida
E na tristeza, bem como nas aventuras
É que chega-se mais próximo
Da essência de uma pessoa
Descobrindo suas virtudes
E o quanto ela é importante na sua vida
Então, se um dia estivermos distantes
Continuaremos juntos em pensamento
Com nostalgia e esperança
De voltarmos a nos ver
De voltarmos a recordar
De voltarmos a conviver
E fazer deste reencontro
O laço de nossa amizade
Afinal, percorremos vários caminhos
Conhecemos várias pessoas
Conhecemos distintos mundos
Mas, mesmo assim
A vida não fez de nós
Apenas meros conhecidos
Não! Pois eu e você
Nos tornamos ao longo da vida
Verdadeiros e grandes amigos!

domingo, 21 de novembro de 2010

Sei Quase Nada

De você sei quase nada
Pra onde vai, de onde vem
De você sei quase tudo
Ou tudo aquilo que me convém?


A cada dia uma descoberta
Um novo riso, um novo olhar
Cada momento uma expectativa
Se vai sair, se vai voltar


Se sair o que fazer
Se de você eu nada sei
Se voltar vou confessar
Muito feliz irei ficar
Na alegria de te descobrir
De te invadir
Nesse querer, não querendo


De você sei quase nada
Também de mim, nem tudo sei
E com você passo a conhecer
Até o que não sabia ser


É inevitável olhar, ouvir, sentir você
É inevitável não saber porque
Pois sentir não é saber
Sentir é viver
E nesse não saber
Que teimo cada vez mais
Em te querer.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Um sinal de felicidade

Naquele tempo era bem divertido
Nós brincávamos entre casas e árvores
Nós crescíamos entre livros e amores
Nós vivíamos entre o céu e a terra

No clarão do dia eu te seguia
Na escuridão da noite eu me perdia
E quando novamente amanhecia
Lá estávamos, incansáveis
Na nossa velha infância
Infância dos oito, dez, doze anos de idade
Infância para toda eternidade

Mas, como o pra sempre, sempre acaba
Não vivo mas aqueles belos tempos
Apenas guardo aqui dentro, lembranças
Daqueles dias que se foram
E que não voltam mais

Quando me pego a pensar em ti
Fico a me perguntar
Aonde estará você agora
Além de aqui, dentro de mim

Faz tempo que não te vejo
Faz tempo que não sei de ti
Feliz, por te conhecer
Triste, por não ter você

Essa tristeza que me invade
E que ao mesmo tempo
Me faz recordar
Que vivi dias tão lindos
Que de alegria vi você sorrindo
E assim, volto novamente a sonhar...
E a me perguntar:
Existirá alguém que não sente saudades?