domingo, 21 de novembro de 2010

Sei Quase Nada

De você sei quase nada
Pra onde vai, de onde vem
De você sei quase tudo
Ou tudo aquilo que me convém?


A cada dia uma descoberta
Um novo riso, um novo olhar
Cada momento uma expectativa
Se vai sair, se vai voltar


Se sair o que fazer
Se de você eu nada sei
Se voltar vou confessar
Muito feliz irei ficar
Na alegria de te descobrir
De te invadir
Nesse querer, não querendo


De você sei quase nada
Também de mim, nem tudo sei
E com você passo a conhecer
Até o que não sabia ser


É inevitável olhar, ouvir, sentir você
É inevitável não saber porque
Pois sentir não é saber
Sentir é viver
E nesse não saber
Que teimo cada vez mais
Em te querer.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Um sinal de felicidade

Naquele tempo era bem divertido
Nós brincávamos entre casas e árvores
Nós crescíamos entre livros e amores
Nós vivíamos entre o céu e a terra

No clarão do dia eu te seguia
Na escuridão da noite eu me perdia
E quando novamente amanhecia
Lá estávamos, incansáveis
Na nossa velha infância
Infância dos oito, dez, doze anos de idade
Infância para toda eternidade

Mas, como o pra sempre, sempre acaba
Não vivo mas aqueles belos tempos
Apenas guardo aqui dentro, lembranças
Daqueles dias que se foram
E que não voltam mais

Quando me pego a pensar em ti
Fico a me perguntar
Aonde estará você agora
Além de aqui, dentro de mim

Faz tempo que não te vejo
Faz tempo que não sei de ti
Feliz, por te conhecer
Triste, por não ter você

Essa tristeza que me invade
E que ao mesmo tempo
Me faz recordar
Que vivi dias tão lindos
Que de alegria vi você sorrindo
E assim, volto novamente a sonhar...
E a me perguntar:
Existirá alguém que não sente saudades?